23 de maio de 2025
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JUSTIÇA ELEITORAL

TRE julga na terça cassação de Adriane Lopes por suposta compra de votos em 2024

A defesa de Adriane reconheceu a existência da compra de votos

O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul julga na próxima 3ª feira (20.mai.25) o pedido de cassação da prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), e da vice Camilla Nascimento (PP).

A sessão está marcada para as 17h e o processo será analisado por sete magistrados da corte eleitoral: Alexandre Antunes da Silva, Carlos Eduardo Contar, Sérgio Martins, Vitor Guibo, Fernando Nielsen, Carlos Alberto de Oliveira Filho e Márcio de Ávila Martins Filho.

O pedido de cassação foi protocolado pelos partidos PDT e Democracia Cristã, que apontam suposta compra de votos na eleição municipal de 2024.

A ação inclui vídeos, depoimentos e documentos que, segundo o Ministério Público Eleitoral, sustentam as acusações contra a chapa eleita.

O relator do caso, juiz Alexandre Antunes da Silva, incluiu o processo na pauta da sessão do dia 20.

O parecer do procurador regional eleitoral, Luiz Gustavo Mantovani, é favorável à cassação e à inelegibilidade de Adriane e Camilla até 2036.

Segundo Mantovani, a prática identificada comprometeu a igualdade da disputa eleitoral e feriu gravemente o processo democrático.

O Ministério Público destacou que houve até ree de valores por meio de PIX em troca de votos, conforme denúncia dos partidos autores.

A defesa de Adriane reconheceu a existência da compra de votos, mas alegou que a prefeita não teve conhecimento das irregularidades.

'VOTOS PROVIDENCIAIS'

Adriane venceu o pleito de 2024 com uma diferença de apenas 12 mil votos sobre Rose Modesto (União Brasil).

Ela é a primeira mulher eleita prefeita de Campo Grande pelo voto direto.

Se confirmada, esta será a primeira cassação de um prefeito de Campo Grande por compra de votos.

O único caso similar remonta a 1996, quando André Puccinelli foi denunciado, mas acabou absolvido e concluiu o mandato.