O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul julga na próxima 3ª feira (20.mai.25) o pedido de cassação da prefeita de Campo Grande (MS), Adriane Lopes (PP), e da vice Camilla Nascimento (PP).
A sessão está marcada para as 17h e o processo será analisado por sete magistrados da corte eleitoral: Alexandre Antunes da Silva, Carlos Eduardo Contar, Sérgio Martins, Vitor Guibo, Fernando Nielsen, Carlos Alberto de Oliveira Filho e Márcio de Ávila Martins Filho.
O pedido de cassação foi protocolado pelos partidos PDT e Democracia Cristã, que apontam suposta compra de votos na eleição municipal de 2024.
A ação inclui vídeos, depoimentos e documentos que, segundo o Ministério Público Eleitoral, sustentam as acusações contra a chapa eleita.
O relator do caso, juiz Alexandre Antunes da Silva, incluiu o processo na pauta da sessão do dia 20.
O parecer do procurador regional eleitoral, Luiz Gustavo Mantovani, é favorável à cassação e à inelegibilidade de Adriane e Camilla até 2036.
Segundo Mantovani, a prática identificada comprometeu a igualdade da disputa eleitoral e feriu gravemente o processo democrático.
O Ministério Público destacou que houve até ree de valores por meio de PIX em troca de votos, conforme denúncia dos partidos autores.
A defesa de Adriane reconheceu a existência da compra de votos, mas alegou que a prefeita não teve conhecimento das irregularidades.
'VOTOS PROVIDENCIAIS'
Adriane venceu o pleito de 2024 com uma diferença de apenas 12 mil votos sobre Rose Modesto (União Brasil).
Ela é a primeira mulher eleita prefeita de Campo Grande pelo voto direto.
Se confirmada, esta será a primeira cassação de um prefeito de Campo Grande por compra de votos.
O único caso similar remonta a 1996, quando André Puccinelli foi denunciado, mas acabou absolvido e concluiu o mandato.