Uma mensagem do Tenente Portela, suplente da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e presidente do PL em Mato Grosso do Sul, colocou o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, em uma situação constrangedora durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O registro, no qual Portela menciona um suposto "churrasco", foi interpretado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um código para o financiamento do golpe de Estado planejado para 8 de janeiro de 2023.
No diálogo revelado pela Polícia Federal, Portela envia uma mensagem a Cid no dia 26 de dezembro de 2022 cobrando uma resposta sobre o "churrasco". “O pessoal que colaborou com a carne está me cobrando se vai ser feito o mesmo churrasco”, escreveu o suplente da senadora. Em resposta, Mauro Cid garantiu: "Vai sim, ponto de honra! Nada está acabado ainda da nossa parte."
Durante o depoimento, Alexandre de Moraes pressionou Cid sobre o significado do "churrasco". “Obviamente não era a picanha que não estava acabada, né, coronel">Enquanto isso, Bolsonaro e outras 33 pessoas já foram denunciadas por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, o ex-presidente ará a responder criminalmente.