10 de junho de 2025
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GOLPISTAS!

Interrogatório no STF: Bolsonaro será o 6º a depor

Se condenado, Bolsonaro pode ser preso, conforme os desdobramentos do processo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta 2ª feira (9.jun.25) os interrogatórios dos acusados de articular um golpe de Estado em 2022.

As oitivas ocorrem na Primeira Turma e são conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes.

SEGURANÇA FOI REFORÇADA

A segurança no anexo 2B do STF foi ampliada com detectores de metais adicionais.

Todos os presentes aram por revistas extras antes de ar o plenário.

QUEM SÃO OS RÉUS?

Oito pessoas compõem o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe:

  • Mauro Cid – Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator.

  • Alexandre Ramagem – Deputado federal e ex-diretor da Abin.

  • Almir Garnier – Ex-comandante da Marinha.

  • Anderson Torres – Ex-ministro da Justiça.

  • Augusto Heleno – Ex-ministro do GSI.

  • Jair Bolsonaro – Ex-presidente da República.

  • Paulo Sérgio Nogueira – Ex-ministro da Defesa.

  • Walter Braga Netto – Ex-ministro e ex-vice na chapa presidencial de Bolsonaro.

QUANDO BOLSONARO IRÁ DEPOR?

O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser ouvido entre quarta (12.jun.25) e 5ª feira (13.jun.25).

Ele será o sexto a depor, após Mauro Cid e os demais réus em ordem alfabética.

Os interrogatórios ocorrem presencialmente na Primeira Turma do STF.

Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro, participará por videoconferência.

RÉUS SÃO OBRIGADOS A RESPONDER?

Os réus podem ser questionados por Moraes, pelo procurador-geral Paulo Gonet e por advogados.

No entanto, não são obrigados a responder e podem optar pelo silêncio.

BOLSONARO CHEGA CEDO E EVITA CONTATO

Bolsonaro chegou cedo ao STF e evitou conversar com outros presentes.

Ficou isolado no gabinete do banheiro da Primeira Turma assistindo a vídeos.

Depois, circulou pela sala com os braços cruzados e conversou apenas com seus advogados.

Durante o interrogatório dos demais, manteve o semblante fechado e fez anotações.

RÉUS NÃO PODEM CONVERSAR ENTRE SI

Por determinação judicial, os réus não podem se comunicar entre si.

Durante toda a sessão, cada um falou apenas com sua própria defesa.

DEPOIMENTOS DURARAM ATÉ A NOITE

As oitivas começaram às 14h e se estenderam até as 20h.

Não foi permitida a entrada de alimentos no plenário.

Um intervalo de 15 minutos foi concedido por volta das 17h.

CAFÉ FOI SERVIDO, MAS SEM LANCHE

Café e água foram disponibilizados na entrada para jornalistas e advogados.

Os réus foram atendidos por um garçom diretamente em suas mesas.

O mesmo servidor também serviu Alexandre de Moraes e o procurador Paulo Gonet.

Bolsonaro aceitou o café pelo menos duas vezes.

MÉDICOS ACOMPANHARAM A SESSÃO

Dois profissionais da equipe médica do STF acompanharam os trabalhos.

A medida é padrão em eventos com grande número de participantes.

MAURO CID FOI O PRIMEIRO A DEPOR

Delator no caso, Mauro Cid prestou depoimento em mesa separada.

Ele relatou que Bolsonaro participou da revisão da chamada “minuta do golpe”.

Segundo Cid, o então presidente retirou trechos que previam a prisão de autoridades.

MORAES FAZ PIADAS E AMBIENTE SE DESCONTRAI

Durante o interrogatório, Cid disse que apenas Moraes seria preso caso o golpe tivesse ocorrido.

O ministro respondeu com ironia: “O resto conseguiria um habeas corpus”.

A resposta gerou risos na sala, inclusive de Bolsonaro.

DEFESA TOCA ÁUDIO E MORAES BRINCA NOVAMENTE

A defesa de Bolsonaro exibiu um áudio sobre reuniões com empresários e militares.

Moraes perguntou, em tom irônico, se desejavam incluir os empresários na denúncia.

RISOS EM MOMENTO COM ADVOGADO

O advogado Demóstenes Torres exigiu resposta “sim ou não” de Cid.

Moraes permitiu e ainda perguntou: “Satisfeito">A Procuradoria-Geral da República acusa os réus por cinco crimes:

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito – Pena: 4 a 8 anos.
  • Golpe de Estado – Pena: 4 a 12 anos.
  • Organização criminosa – Pena: 3 a 8 anos.
  • Dano qualificado – Pena: 6 meses a 3 anos.
  • Deterioração de patrimônio tombado – Pena: 1 a 3 anos.

QUANDO SERÁ O JULGAMENTO DE BOLSONARO?

O interrogatório marca o fim da fase de instrução do processo penal.

Em seguida, acusação e defesa poderão solicitar diligências adicionais.

Depois disso, será aberto o prazo de 15 dias para apresentação das alegações finais.

Somente então o STF decidirá sobre a data do julgamento.

Se condenado, Bolsonaro pode ser preso, conforme os desdobramentos do processo.