23 de maio de 2025
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EX-MANDATÁRIO

Condenado a 8 anos, Collor deixa o presídio após 6 dias cumprindo pena

A defesa alegou problemas de saúde que incluiriam Parkinson, transtorno bipolar e distúrbios de sono

Fernando Collor de Mello saiu da prisão na noite de quinta-feira (1.mai.25), seis dias após ser detido.

A decisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A mudança para prisão domiciliar foi concedida após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República.

A defesa alegou problemas de saúde que incluiriam Parkinson, transtorno bipolar e distúrbios de sono.

Com 75 anos, o ex-mandatário terá que cumprir uma série de medidas cautelares.

Entre elas estão o uso de tornozeleira eletrônica, entrega do aporte e monitoramento constante.

Relatórios semanais sobre o cumprimento das medidas serão elaborados pelo governo de Alagoas.

Caso descumpra as condições, Collor poderá voltar ao regime fechado.

O STF condenou Collor em 2023 por corrupção iva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A investigação apurou irregularidades na BR Distribuidora.

A defesa apresentou diversos recursos, todos rejeitados pela Corte.

A concessão de prisão domiciliar pelo STF é rara, segundo levantamento do Estadão.

Entre janeiro de 2024 e abril de 2025, apenas 27% dos 648 pedidos semelhantes foram aceitos.

O levantamento considerou apenas os casos julgados no mérito.

A análise excluiu processos arquivados ou extintos antes da decisão.

Segundo o professor Rafael Mafei, a ação penal de Collor foi inteiramente conduzida no STF.

Para ele, isso reduz as chances de questionamentos sobre a condução do processo.

O caso levanta debates sobre o tratamento de condenados com problemas de saúde.