07 de junho de 2025
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GAECO

Claudinho Serra é alvo de nova fase da Tromper por esquema de R$ 20 milhões

Ex-secretário é suspeito de comandar organização criminosa que fraudava licitações

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou nesta 5ª feira (5.jun.25) a quarta fase da Operação Tromper, que apura fraudes em licitações e contratos istrativos na Prefeitura de Sidrolândia.

A ação cumpriu três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, com foco na desarticulação de uma organização criminosa que, segundo as investigações, continua operando mesmo após fases anteriores da operação.

Entre os alvos está o ex-vereador de Campo Grande e ex-secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra (PSDB), que teve mandado de busca cumprido em seu apartamento no Jardim dos Estados, na Capital. Ele é apontado pelo MPMS como um dos líderes do esquema criminoso.

A operação contou com o apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e de unidades especializadas da Polícia Militar, como o Batalhão de Choque e o Bope.

De acordo com o MP, a organização criminosa atuava na prefeitura desde 2017, com fraudes sistemáticas em processos licitatórios e o pagamento de propina a agentes públicos.

O grupo teria desviado recursos por meio de contratos milionários com empresas de engenharia e pavimentação, e usado mecanismos de ocultação e dissimulação da origem ilícita dos valores.

Ao todo, os contratos investigados somam cerca de R$ 20 milhões. Mesmo após a deflagração das três fases anteriores da Operação Tromper, os integrantes do grupo teriam mantido suas atividades ilícitas.

Claudinho Serra ocupou o cargo de secretário de Fazenda durante a gestão da ex-prefeita Vanda Camilo, que também é sua sogra. Segundo o MP, empresários, servidores públicos e o próprio ex-secretário integravam o núcleo da organização.

A Operação Tromper teve início em 2022, quando 22 pessoas foram denunciadas por integrar o esquema. Desde então, o Ministério Público vem reunindo novas provas e identificando contratos suspeitos. A nova fase busca aprofundar essas apurações e responsabilizar os envolvidos.

A assessoria do MPMS ainda não informou os nomes dos presos nesta fase da operação. As investigações seguem em andamento.