Ontem, domingo (13.dez.2020) o general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, compartilhou uma nota da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a qual é chefe em que nega ter feito relatórios para ajudar na defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso Queiroz. A denúncia foi publicada na 6ª-feira (11.dez) pela Época.
Segundo a reportagem, a Abin fez pelo menos dois levantamentos para orientar os advogados do senador com documentos que dessem base a um pedido de anulação da investigação sobre o escândalo de rachadinhas na Assembleia do Rio. Um dos documentos sugeria que a Advocacia-Geral da União (AGU) também fosse usada na defesa. Flávio foi denunciado por lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.
O problema com a nota da Abin é que a própria defesa do Zero-Um confirma a produção dos relatórios. A denúncia está em análise pela Procuradoria-Geral da República. Vale lembrar que a Abin é dirigida por Alexandre Ramagem, que foi indicado para a direção da PF, mas teve a nomeação barrada pelo STF por suspeita de aparelhamento em favor do presidente, de sua família e aliados.
Em uma das mensagens, o texto afirma que o objetivo é "Defender FB (Flávio Bolsonaro) no caso Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), demonstrando a nulidade processual resultante de os imotivados aos dados fiscais de FB", segundo a reportagem da Época.