07 de junho de 2025
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CRISE NA SAÚDE

Campo Grande deixa 2 mil crianças com deficiência na fila por reabilitação

Ministério Público instaurou inquérito para apurar omissão da prefeitura

A 32ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública instaurou um inquérito civil para apurar a omissão da Prefeitura de Campo Grande no atendimento a cerca de duas mil crianças que, há meses, aguardam por terapias de reabilitação intelectual e tratamento para múltiplas deficiências.

A investigação mira a atuação da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), responsável por garantir esses serviços essenciais. O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) busca entender quais medidas estão sendo adotadas para atender essa demanda reprimida, que afeta diretamente o desenvolvimento e a qualidade de vida das crianças.

Em resposta preliminar, a Sesau afirmou que os atendimentos são realizados nos Centros de Especialidades Médicas (CEMs) e por meio de convênios, citando a parceria com a Apae. No entanto, o MPMS considerou as informações genéricas e insuficientes para uma análise completa.

O Ministério Público solicitou dados detalhados, como o número exato de pacientes na fila para cada tipo de terapia, a capacidade atual da rede, o tempo médio e o maior tempo de espera, além de cópias dos contratos e convênios firmados. Também foi exigido um relatório com o fluxo completo de atendimento — desde a triagem na atenção básica até o início das terapias — e uma avaliação do impacto da demora sobre as crianças em fase de desenvolvimento.