Um diamante gigante, de 646,78 quilates, foi encontrado em Coromandel, Minas Gerais. Essa é a segunda maior pedra preciosa bruta já descoberta no Brasil.
A Agência Nacional de Mineração (ANM) confirmou o achado no mês ado. O diamante, que pesa 129,35 gramas, está avaliado em R$ 16 milhões. O maior diamante do Brasil, com 727 quilates em estado bruto, também veio de Coromandel, em 1938.
O diamante descoberto em maio possui uma coloração marrom. Foi extraído às margens do Rio Douradinho. A área possui uma Permissão de Lavra Garimpeira (PLG) regularmente titulada e fiscalizada. O titular da PLG declarou a pedra em 29 de maio. A declaração ocorreu no Relatório de Transações Comerciais do Cadastro Nacional de Comércio de Diamantes (CNCD).
Qualquer comercialização do diamante deve seguir o Processo de Certificação de Kimberley (K). O Brasil é signatário desse sistema internacional. O K visa evitar que diamantes financiem conflitos armados ou atividades criminosas. A ANM é a representante brasileira no Kimberley Process. Durante a certificação, a ANM identifica e caracteriza o lote. Isso inclui peso, registro fotográfico e valores estimados. Dados sobre a origem da produção e o destino do mineral também são conferidos. Após essa etapa, um fiscal da ANM confere, embala e lacra o lote. A emissão do Certificado de Kimberley ocorre se as exigências legais forem cumpridas.
OS MAIORES DIAMANTES JÁ ENCONTRADOS
O Diamante Presidente Vargas, de 727 quilates, foi o maior do Brasil. Ele foi encontrado em 1938 por Joaquim Venâncio Tiago e Manoel Miguel Domingues. Dessa pedra, 29 diamantes menores foram esculpidos. Um deles, de 48,26 quilates, foi lapidado em esmeralda e nomeado Presidente Vargas. Essa joia está na posse da joalheria Harry Winston, de Nova York.
A maior pedra do mundo é o Diamante Cullinan, descoberto em 1905. Ele pesava cerca de 3.106 quilates (aproximadamente 621 gramas). Foi encontrado por Frederick Wells na mina Premier, na África do Sul. A pedra foi nomeada em homenagem a Thomas Cullinan, dono da mina. Em 1907, o governo de Transvaal a presenteou ao rei britânico Eduardo VII. Lapidada pela companhia Asscher de Amsterdã, foi dividida em 11 grandes gemas.