A jovem pesquisadora Amanda Borges da Silva, de 30 anos, natural de Caldazinha (GO), foi encontrada morta em um hotel na cidade de Suzuka, na província de Mie, no Japão, na quinta-feira, 1º de maio de 2025. Ela estava no país desde março e deveria ter retornado ao Brasil no dia seguinte. O caso chocou amigos, familiares e a comunidade acadêmica brasileira, e ainda está sendo investigado pelas autoridades japonesas.
Segundo informações apuradas, o hotel onde Amanda estava hospedada, próximo ao circuito de Suzuka e popular entre turistas de eventos esportivos, foi atingido por um incêndio durante a madrugada. A polícia japonesa prendeu Abailiya Patavadighe Pathum Udayanga, de 31 anos, cidadão do Sri Lanka, sob suspeita de provocar o incêndio e fugir sem prestar socorro. O suspeito itiu que ficou em choque e não tentou apagar o fogo. Pertences da brasileira, como celular e bolsas, foram roubados, e há indícios de que Amanda possa ter sido dopada.
A identidade da vítima foi confirmada por exames de DNA, segundo o Ministério das Relações Exteriores, que informou prestar assistência consular à família. A causa exata da morte ainda não foi divulgada. A polícia de Suzuka analisa imagens das câmeras de segurança e realiza testes toxicológicos e forenses. A investigação busca esclarecer se houve crime intencional e qual o papel do suspeito preso no incidente.
FOI ASSISTIR O GRANDE PRÊMIO DE FÓRMULA 1
Antes de sua morte, Amanda havia publicado fotos e vídeos do Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, realizado em 6 de abril, nas redes sociais. Fã declarada do automobilismo desde a adolescência, ela descreveu a experiência como a realização de um sonho. Sua última postagem, feita dois dias antes da tragédia, mostrava entusiasmo com a viagem. Amanda também havia ado um tempo na Coreia do Sul, ajudando a cuidar de parentes de uma amiga.
Mestre em Literatura pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Amanda vivia em São Paulo e trabalhava como revisora. Amigos destacam sua alegria contagiante, inteligência e paixão por esportes. Ela ganhou reconhecimento nas redes sociais por seus comentários sobre Fórmula 1 e recebeu elogios ao recuperar uma bolsa perdida no metrô japonês, demonstrando seu senso de responsabilidade e integridade.
AJUDE A FAMÍLIA DE AMANDA
A Prefeitura de Caldazinha e o Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás divulgaram notas de pesar e estão acompanhando o caso. A família busca apoio do governo estadual para repatriar o corpo, um processo burocrático e caro, com estimativas entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. A repatriação exige uma série de documentos, como certidão de óbito e autorização consular, e pode levar até 20 dias.
Campanhas de arrecadação foram lançadas por amigos e colegas de Amanda, e a comunidade de Caldazinha tem se mobilizado com vigílias e homenagens. Uma placa em sua homenagem será instalada no centro cultural da cidade. A universidade onde estudou também planeja um evento para celebrar sua trajetória.